Segundo Davenport (1998), processo pode ser definido como “uma específica ordenação de atividades de trabalho ao longo do tempo e espaço, com começo e fim, onde entradas e saídas são claramente identificadas: uma estrutura de ação”.
Contextualizando em negócios e serviços, pode-se dizer que processo é um conjunto de atividades internas, desenvolvidas para oferecer ao cliente o produto ou serviço correto, com alto desempenho em relação a custo, serviço e qualidade. O cliente pode ser o consumidor ou revendedor do produto/serviço ou outro processo individual externo à organização.
Os processos, muitas vezes, não são estabelecidos pelas administrações das empresas e organizações e se desenvolvem mais naturalmente do que hierarquias funcionais na busca por resultados ao cliente.
Para identificar e gerenciar processos é preciso modelar a organização em suas principais práticas de negócios e serviços. Diversas técnicas têm sido empregadas para rever o modelo de operar e gerenciar negócios e serviços, a partir, por exemplo, da definição de metas comerciais e de objetivos de eficácia operacional, compondo uma nova disciplina, denominada Modelagem Organizacional.
Na modelagem das organizações, processos de negócios e de prestação de serviços podem ser considerados como algo que se pode modelar, projetar e retroprojetar, de acordo com princípios de engenharia e Business Enginneering (Engenharia de Negócios) foi um dos primeiros termos empregados. Era entendida como a projeção do negócio da organização em procedimentos passo-a-passo, adotando-se notações específicas para descrição do processo e heurística para encontrar o melhor projeto, em termos de metas específicas definidas.
Desenvolvia-se a Engenharia de Negócios em 2 etapas: Business Reengineering (Reengenharia de Negócios) e Business Improvement (Melhoria dos Negócios). Inicialmente questiona-se o processo, a forma com que é executado e buscam-se formas completamente novas de reconstruí-lo; em seguida busca-se manter e incrementar os avanços, através da busca de novos objetivos e novos esforços para alcançá-los. A reengenharia encontrou na Tecnologia da Informação o ferramental para implementação de seus projetos.
O termo Reengenharia de Negócios evoluiu para Reengenharia de Processos e posteriormente Redesenho de Processos, como é atualmente conhecido, enquanto a Melhoria de Processos agora denomina-se Gerenciamento de Processos. Conceituações atuais:
– Redesenho é a identificação, documentação, análise e elevação de patamar de um processo;
– Gerenciamento é constituído pelas providências que assegurem que o processo seja continuamente monitorado e aperfeiçoado (RUMMLER-BRACHE, 1998).
A Tecnologia da Informação continua a ser agente impulsionador de projetos de Redesenho e de soluções de automação do Gerenciamento de Processos, uma vez a mudança constante que se verifica atualmente nos processos organizacionais faz com que o gerenciamento seja cada vez mais difícil, complexo e da maior importância. Há cerca de 17 anos surgiu uma tecnologia específica para automação de processos, denominada workflow. Baseia-se na passagem de informações e tarefas de um participante ao outro do processo, gerenciada por regras e procedimentos.
O gerenciamento do workflow abrange todos os recursos dos processos e as atividades que os compõem, sejam internas ou de relacionamento com os clientes e fornecedores, implementando um elo de ligação entre todos eles. Gerenciar o fluxo de trabalho de um grupo de pessoas significa, portanto, gerenciar o workflow.
Em sua origem, no final dos anos 80, os conceitos de workflow embasaram sistemas de automação de escritórios, que organizavam o fluxo de documentos entre estações de trabalho.
A partir de meados da década de 90 caracterizou-se como uma tecnologia de processos internos. A partir do final da década de 90, a Internet motivou a revisão de processos e, consequentemente, do gerenciamento de um novo “workflow”, promovido pelos sites de Comércio Eletrônico e pelas aplicações WEB, que exigem integração dos processos do usuário cliente com os processos de retaguarda nas empresas.
O monitoramento de atividades proporcionado pelo workflow permite analisar e excluir rupturas, ou seja, tudo o que não agrega valor ou não que não contribui para a eficiência e eficácia desejada para o processo. Com tal maturidade, empresas e organizações não desejam somente utilizar essa tecnologia para automação de processos, mas para resolver diversos problemas organizacionais (DOCULABS,2000).